
Até o século XIX, só conhecíamos um meio de criar a nossa própria luz, acendendo velas.Quem conseguisse levar luz elétrica a todos os lares da Terra, teria fama e fortuna garantidas. E no início da década de 1880, o mais famoso, mais prodigioso, e mais competitivo inventor do mundo assumiu o desafio: o norte-americano Thomas Alva Edison.
Nikola Tesla foi um inventor sérvio, nascido na Croácia, e trabalhou por pouco tempo para Thomas Edison após chegar a Nova York, aos 28 anos. Europeu, introvertido, um profundo pensador, tudo que Edison não era. Edison e Tesla não poderiam ser mais diferentes na forma de lidar consigo, sua aparência e modos, e na forma de construírem sua imagem pública. Edison pouco se importava com o que vestia. Ele era um homem do tipo desleixado. Por outro lado, Tesla mesmo estando na casa dos 20 anos, pensava em sua aparência, em como abordar as pessoas. Preocupava-se com suas roupas, seus modos. Preocupava-se até em como sua foto era tirada. Sempre queria foto de perfil para que não vissem que seu queixo era pontudo.
O sonho de Edson era levar a luz elétrica a todos os lares da Terra, com a equipe de engenheiros por trás, e a visão de um futuro elétrico à frente, ele iniciou sua luta. A equipe de Menlo Park de Edison começou a desenvolver uma forma totalmente diferente de lâmpada elétrica, a lâmpada incandescente. As lâmpadas de Swan e Edison funcionavam através da passagem de corrente elétrica por um filamento. O filamento é um material onde a corrente elétrica atravessa com maior dificuldade do que o fio de cobre no resto do circuito. Ele se baseia na ideia de resistência. A nível atômico,os átomos do filamento impedem o fluxo de eletricidade. Assim, é preciso mais energia para fazê-lo passar, e essa energia é depositada no filamento sob forma de calor. Conforme ele se aquece, sua resistência aumenta, aumentando sua temperatura, até brilhar incandescente. Os designs das lâmpadas de Edison e Swan eram muito semelhantes. Eles acabaram chegando a um acordo e formando parceria para vender lâmpadas no Reino Unido. Muita gente ainda acredita que Edison inventou a lâmpada sozinho, enquanto Swan virou uma nota de rodapé na História. Mas a sua lâmpada incandescente era apenas parte da estratégia de

Mas havia alguém que tinha as respostas para tais problemas. Seu nome era Nikola Tesla e ele estava bem debaixo do nariz de Edson.

Edson continuou disseminando seu sistema de corrente contínua,construindo usinas elétricas por todo estado de Nova York. Era de se esperar que com os avanços de Tesla, nada poderia ficar no caminho do êxito da CA contra a CC. Mas Edson ainda acreditava totalmente em suas invenções de corrente contínua. Dos filamentos das lâmpadas aos interruptores, bocais, geradores, e ele não estava prestes a perder milhões de dólares ao alterá-los. As linhas de batalha estavam definidas. Westinghouse e Tesla disputavam com Edson os lucrativos contratos de iluminação de Nova York. Dois sistemas completamente diferentes disputando um cobiçado objetivo, a chance de iluminar os EUA e depois o mundo. Isso ficaria conhecido como a Guerra das Correntes. .
Os dois lados tentavam disputar no preço, mas Edson acreditava que sua amada corrente contínua era melhor que a alternada por ser mais segura.Edson estava tentando outra vez definir seu sistema CC como seguro. Edson afirmava que a CA era um tipo mais perigoso de corrente do que a CC e destacava os acidentes com os operários de Westinghouse e os incêndios causados por curtos-circuitos. Era uma propaganda potente pois na década de 1880, muitos ainda estavam aterrorizados com a eletricidade. Ela podia dar choque, até matar em um instante e a razão para isso ainda não era compreendida. Para muitos, a ideia de canalizar essa assassina invisível para suas casas era totalmente ridícula. Assim, a arma usada na Guerra das Correntes foi o medo.
Thomas Edson também fazia coisas que hoje seriam altamente condenáveis, como foi o episódio em que eletrocutou a Elefanta Topsy em público (tudo devidamente filmado e documentado pelo próprio Edison) porque ele queria demonstrar para todo mundo que a corrente elétrica “do competidor Tesla” era perigosa e poderia matar pessoas e animais. Nos dias de hoje, certamente Edson seria processado por tal evento. Abaixo, o vídeo feito por ele:
https://youtu.be/1rX0SJ2l2Lc
Mesmo assim, Nikola Tesla estava prestes a fazer algo que nunca tinha sido visto. Algo tão maravilhoso e ousado que viveria para sempre na memória de quem o viu. Tesla vinha desenvolvendo um método de geração de correntes alternadas de alta frequência e, em 21 de maio de 1891, em um encontro de engenheiros eletricistas, ele o demonstrou. Em uma exibição quase mágica de incrível poder e surpresa, sem usar cota de malha ou máscara de segurança, dezenas de milhares de volts, produzidos por uma bobina de Tesla, atravessaram o corpo dele até a extremidade da lâmpada que ele segurava. A corrente alternada de Tesla foi de uma frequência tão alta, que atravessou seu corpo sem causar danos graves ou até mesmo dor. Sua demonstração mostrou que, se manejada corretamente, a corrente alternada em tensões extremamente altas podia ser segura.

A Guerra das Correntes havia sido vencida por Westinghouse e Tesla.
Em 1896, a nova usina elétrica foi concluída nas Cataratas do Niágara, usando geradores de CA Westinghouse para produzir a corrente polifásica de Tesla. Finalmente, grande quantidade de energia poderia ser transmitida das Cataratas, até próximo a Búffalo, e alguns anos depois, a usina de Niágara estava fornecendo energia à cidade de Nova York. E hoje, quase toda eletricidade gerada no mundo é feita através do sistema de Tesla. Mas a história de Tesla não termina com fama e fortuna. Embora tenha continuado a fazer significativas contribuições a muitas outras áreas da ciência e invenção, para salvar George Westinghouse da falência, após crise no mercado acionário, ele desistiu do direito aos royalties de suas invenções polifásicas. Nikola Tesla foi um homem talentoso a quem devemos muito. Mas ele também era muito complicado, e, infelizmente, com a idade, ele ficou ainda mais perturbado. Ele tinha fixação pelo número 3. Contava "3" em voz alta enquanto caminhava, e desenvolveu fobias estranhas com germes e com mulheres que usavam pérolas.
Em muitos aspectos, a sua mente genial ficou fora de controle. À medida que a vida de Tesla passava, ele se afastava das pessoas e encontrava consolo em outras coisas. Ele ficou obcecado por pombos e era visto regularmente alimentando-os, em Bryant Park, no centro de Manhattan. Velho, Tesla estava quase falido e sozinho, vivendo quase recluso num hotel.Em janeiro de 1943, a história de Nikola Tesla chegaria ao fim.
Edson acabou se tornando um herói americano e sua empresa faria parte da General Electric, ainda hoje uma das maiores empresas multinacionais do mundo.
A capacidade de gerar e transmitir a eletricidade, e a invenção de máquinas para usá-la, mudaram o nosso mundo de maneiras que não imaginávamos.
Hoje, podemos gerar bilhões de watts de eletricidade a cada segundo, a cada hora, todos os dias. E quer façamos isso utilizando carvão, gás, ou fissão nuclear, todas as usinas elétricas se baseiam nos princípios descobertos e desenvolvidos por Michael Faraday, Nikola Tesla, e todos os demais engenheiros eletricistas pioneiros de uma maravilhosa era da invenção.
Hoje, temos a eletricidade como trivial, e esquecemos o quanto ela foi uma força mágica e misteriosa. Mas há algo que nunca devemos esquecer. Hoje, sem ela, o mundo moderno entraria em colapso e nossa vida seria muito diferente.
Fontes de Consulta e Reprodução:
https://nikolateslabrasil.wordpress.com/2015/12/02/nikola-tesla-energia-livre-para-o-mundo/
Thomas Edson também fazia coisas que hoje seriam altamente condenáveis, como foi o episódio em que eletrocutou a Elefanta Topsy em público (tudo devidamente filmado e documentado pelo próprio Edison) porque ele queria demonstrar para todo mundo que a corrente elétrica “do competidor Tesla” era perigosa e poderia matar pessoas e animais. Nos dias de hoje, certamente Edson seria processado por tal evento. Abaixo, o vídeo feito por ele:
Mesmo assim, Nikola Tesla estava prestes a fazer algo que nunca tinha sido visto. Algo tão maravilhoso e ousado que viveria para sempre na memória de quem o viu. Tesla vinha desenvolvendo um método de geração de correntes alternadas de alta frequência e, em 21 de maio de 1891, em um encontro de engenheiros eletricistas, ele o demonstrou. Em uma exibição quase mágica de incrível poder e surpresa, sem usar cota de malha ou máscara de segurança, dezenas de milhares de volts, produzidos por uma bobina de Tesla, atravessaram o corpo dele até a extremidade da lâmpada que ele segurava. A corrente alternada de Tesla foi de uma frequência tão alta, que atravessou seu corpo sem causar danos graves ou até mesmo dor. Sua demonstração mostrou que, se manejada corretamente, a corrente alternada em tensões extremamente altas podia ser segura.

A Guerra das Correntes havia sido vencida por Westinghouse e Tesla.
Em 1896, a nova usina elétrica foi concluída nas Cataratas do Niágara, usando geradores de CA Westinghouse para produzir a corrente polifásica de Tesla. Finalmente, grande quantidade de energia poderia ser transmitida das Cataratas, até próximo a Búffalo, e alguns anos depois, a usina de Niágara estava fornecendo energia à cidade de Nova York. E hoje, quase toda eletricidade gerada no mundo é feita através do sistema de Tesla. Mas a história de Tesla não termina com fama e fortuna. Embora tenha continuado a fazer significativas contribuições a muitas outras áreas da ciência e invenção, para salvar George Westinghouse da falência, após crise no mercado acionário, ele desistiu do direito aos royalties de suas invenções polifásicas. Nikola Tesla foi um homem talentoso a quem devemos muito. Mas ele também era muito complicado, e, infelizmente, com a idade, ele ficou ainda mais perturbado. Ele tinha fixação pelo número 3. Contava "3" em voz alta enquanto caminhava, e desenvolveu fobias estranhas com germes e com mulheres que usavam pérolas.
Em muitos aspectos, a sua mente genial ficou fora de controle. À medida que a vida de Tesla passava, ele se afastava das pessoas e encontrava consolo em outras coisas. Ele ficou obcecado por pombos e era visto regularmente alimentando-os, em Bryant Park, no centro de Manhattan. Velho, Tesla estava quase falido e sozinho, vivendo quase recluso num hotel.Em janeiro de 1943, a história de Nikola Tesla chegaria ao fim.
Edson acabou se tornando um herói americano e sua empresa faria parte da General Electric, ainda hoje uma das maiores empresas multinacionais do mundo.
A capacidade de gerar e transmitir a eletricidade, e a invenção de máquinas para usá-la, mudaram o nosso mundo de maneiras que não imaginávamos.
Hoje, podemos gerar bilhões de watts de eletricidade a cada segundo, a cada hora, todos os dias. E quer façamos isso utilizando carvão, gás, ou fissão nuclear, todas as usinas elétricas se baseiam nos princípios descobertos e desenvolvidos por Michael Faraday, Nikola Tesla, e todos os demais engenheiros eletricistas pioneiros de uma maravilhosa era da invenção.
Hoje, temos a eletricidade como trivial, e esquecemos o quanto ela foi uma força mágica e misteriosa. Mas há algo que nunca devemos esquecer. Hoje, sem ela, o mundo moderno entraria em colapso e nossa vida seria muito diferente.
Fontes de Consulta e Reprodução:
https://nikolateslabrasil.wordpress.com/2015/12/02/nikola-tesla-energia-livre-para-o-mundo/
https://www.augustonascimento.com.br/as-3-dimensoes-do-branding-na-visao-da-ge-e-seus-executivos/
https://br.pinterest.com/pin/441212094719585024/?lp=true
Documentário da BBC: "História da Eletricidade- episódio 2: A era das invenção" Disponível em :https://www.youtube.com/watch?v=t5m-9vjCe1g Acesso em Maio de 2018.
JUNIOR,L.A.F. A história do desenvolvimento das máquinas eletrostáticas como estratégia para o ensino de conceitos de eletrostática- Porto Alegre: PUCRS,2008.
KHUN, Thomas. A estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Editora Perspectiva,1998.
JUNIOR,L.A.F. A história do desenvolvimento das máquinas eletrostáticas como estratégia para o ensino de conceitos de eletrostática- Porto Alegre: PUCRS,2008.
KHUN, Thomas. A estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Editora Perspectiva,1998.
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